Teve sua origem, em 1918, no engenho Genipapo, em Timbaúba, onde Manoel Caetano Pereira de Queiroz fundou a usina, denominada também de Genipapo.
Como a maquinaria era ruim e dava muito prejuízo, seu fundador formou uma sociedade com Jáder de Andrade, denominada Andrade, Queiroz & Cia e criou a usina Cruangi, em substituição a usina Genipapo.
Em 1921, assumiram a direção da empresa Júlio Perfeito da Costa Queiroz, Jáder de Andrade, Hugo de Andrade, Antônio Vicente de Andrade e João de Andrade Sobrinho.
Em 1929, a usina tinha capacidade para processar 400 toneladas de cana e fabricar 2.000 litros de álcool em 22 horas, possuía 12 quilômetros de via férrea, 2 locomotivas e 42 vagões que faziam o transporte da cana e da lenha. O açúcar e o álcool eram transportados pela Great Western.
No período da moagem trabalhavam na fábrica cerca de 100 operários. A usina tinha uma vila operária, um médico, fornecia remédios e mantinha uma escola com freqüência média anual de 270 alunos.
Júlio Perfeito foi o diretor da usina até 1974, época em que a sociedade foi transformada em Usina Cruangi Sociedade Anônima. Depois foi dirigida por Fernando Queiroz e, atualmente, seu presidente é José Guilherme Queiroz.
Recife, 7 de agosto de 2003.
Fontes consultadas
ANDRADE, Manuel Correia de. História das usinas de açúcar de Pernambuco. Recife: FJN. Ed. Massangana, 1989. 114 p. (República, v.1)
GONÇALVES & SILVA. O assucar e o algodão em Pernambuco. Recife: [s.n.], 1929. 90 p.
MOURA, Severino. Senhores de engenho e usineiros, a nobreza de Pernambuco. Recife: Fiam, CEHM, Sindaçúcar, 1998. 320 p. (Tempo municipal, 17).
Como citar este texto
GASPAR, Lúcia. Usina Cruangi. In: Pesquisa Escolar. Recife: Fundação Joaquim Nabuco, 2003. Disponível em: https://pesquisaescolar.fundaj.gov.br/pt-br/artigo/usina-cruangi/. Acesso em: dia mês ano. (Ex.: 6 ago. 2009.