Imagem card

Usina Caxangá

Localizada no município de Ribeirão, na margem direita do rio Amaragi, foi fundada pelos senhores de engenho Arthur de Siqueira Cavalcanti e os irmãos Ethelmino e Antônio Bastos.

Usina Caxangá

Artigo disponível em: ENG ESP

Última atualização: 10/06/2022

Por: Lúcia Gaspar - Bibliotecária da Fundação Joaquim Nabuco - Especialista em Documentação Científica

Localizada no município de Ribeirão, na margem direita do rio Amaragi, foi fundada pelos senhores de engenho Arthur de Siqueira Cavalcanti e os irmãos Ethelmino e Antônio Bastos.

 

Foi criada através de decreto de 12 de dezembro de 1894, incorporando os engenhos Caxangá, Lage, Caeté e Tolerância, moendo pela primeira vez em 1895.

 

Em 1904, depois de quase dez anos de atividades, o coronel Arthur de Siqueira Cavalcanti desfez a sociedade e Hisbelo Barbosa da Silva também se desligou da sociedade, vendendo suas ações para Manoel Colaço Dias. Por algum tempo, a empresa que administrou a usina chamou-se Colaço, Siqueira & Bastos.

 

Em 1929, a usina possuía 15 propriedades agrícolas, 48 quilômetros de via férrea e tinha capacidade para processar 600 toneladas de cana em 22 horas.

 

Durante a época da moagem trabalhavam na fábrica cerca de 300 operários. Possuía uma grande vila, seguro e assistência médica para os operários e mantinha uma escola com frequência média anual de 30 alunos.

 

Manoel Colaço Dias foi o proprietário da usina Caxangá até o final da década de 1940, quando passou para as mãos de José Lopes de Siqueira Santos.

 

Cerca de 18 anos depois, José Lopes vendeu-a a Júlio Maranhão, quando devido à uma crise, a usina foi desapropriada pelo Instituto do Açúcar e do Álcool - IAA (1964). Quatro meses depois da desapropriação, houve uma intervenção do Incra, que assumiu a responsabilidade por sua administração.

 

A usina Caxangá fez parte do primeiro projeto de reforma agrária do país, absorvendo mais de 50% da cana-de-açúcar dos parceleiros da Cooperativa Integral de Reforma Agrária -Cira, na época em que era administrada pelo Incra.

 

Foi desativada e sua maquinaria transformou-se em destilaria no Estado do Mato Grosso do Sul.

 

 

Recife, 7 de agosto de 2003.

 

Fontes consultadas

ANDRADE, Manuel Correia de. História das usinas de açúcar de Pernambuco. Recife: FJN. Ed. Massangana, 1989. 114 p. (República, v.1)

GONÇALVES & SILVA. O assucar e o algodão em Pernambuco. Recife: [s.n.], 1929. 90 p.

MOURA, Severino. Senhores de engenho e usineiros, a nobreza de Pernambuco. Recife: Fiam, CEHM, Sindaçúcar, 1998. 320 p. (Tempo municipal, 17).

 

Como citar este texto

GASPAR, Lúcia. Usina Caxangá. In: PESQUISA Escolar. Recife: Fundação Joaquim Nabuco, 2003. Disponível em: https://pesquisaescolar.fundaj.gov.br/pt-br/artigo/usina-caxanga/. Acesso em: dia mês ano. (Ex.: 6 ago. 2009.)