Situada no município de Paudalho, nas margens do rio Capibaribe, foi fundada em 1911, por Herculano Bandeira da Melo.
Com a morte do fundador, a usina passou a pertencer aos filhos Raul Bandeira de Melo e Herculano Bandeira de Melo Filho.
Em 1929, sob a direção de Raul e Herculano Bandeira de Melo (H. Bandeira & Cia), a usina possuía três propriedades agrícolas (Itaboraí, Condado e Macacos) com capacidade total de produção de 12.500 toneladas de cana e outros 18 fornecedores, com capacidade para 70.000 toneladas. Tinha uma ferrovia de 40 quilômetros, 2 locomotivas e 60 vagões. O transporte da cana e do combustível era feito pela via férrea própria, tração animal (carros-de-boi) e caminhões e o do açúcar e do álcool pela Great Western. No período da moagem trabalhavam na fábrica cerca de 200 operários. Possuía uma vila operária com 60 casas, duas escolas, uma diurna outra noturna, com freqüência média anual de 50 alunos.
Por causa de dificuldades financeiras, a usina foi vendida à Cooperativa Agrícola Tiriri, sendo administrada por um período pelo padre Antônio Melo. A crise continuou, o padre foi afastado do comando e assumiu a administração um grupo liderado por Clóvis Monteiro. A usina, no entanto, não prosperou tendo que paralisar suas atividades.
Recife, 7 de agosto de 2003.
Fontes consultadas
NDRADE, Manuel Correia de. História das usinas de açúcar de Pernambuco. Recife: FJN. Ed. Massangana, 1989. 114 p. (República, v.1)
GONÇALVES & SILVA. O assucar e o algodão em Pernambuco. Recife: [s.n.], 1929. 90 p.
MOURA, Severino. Senhores de engenho e usineiros, a nobreza de Pernambuco. Recife: Fiam, CEHM, Sindaçúcar, 1998. 320 p. (Tempo municipal, 17).
Como citar este texto
GASPAR, Lúcia. Usina Mussurepe. In: Pesquisa Escolar. Recife: Fundação Joaquim Nabuco, 2003. Disponível em: https://pesquisaescolar.fundaj.gov.br/pt-br/artigo/usina-mussurepe/. Acesso em: dia mês ano. (Ex.: 6 ago. 2009.)