Sebastião de Vasconcellos Galvão nasceu no município de Limoeiro, Pernambuco, no dia 28 de junho de 1865, filho de Francisco Olegário de Vasconcellos Galvão e Maria Leopoldina de Castro Galvão.
Como pretendia seguir a carreira médica, matriculou-se na Faculdade de Medicina da Bahia. A morte do seu pai, no entanto, obrigou-o a voltar para Pernambuco, onde fez o curso de Ciências Jurídicas e Sociais, na Faculdade de Direito do Recife, bacharelando-se em 1889.
Casou-se, nesse mesmo ano com Francisca Vilarim de Vasconcelos Galvão, com quem teve sete filhos: Mário, Roderick, Claribalte, Diva, Graziella, Célia e Dolores.
Desde cedo mostrou talento para a área literária. Colaborou com os periódicos recifenses O Século e A Província, em 1883, e o Sorriso, da Paraíba, em 1886.
Publicou também várias poesias no Almanack de Lembranças Luso-Brasileira, a exemplo de Annos depois e Americana (1887); A companheira da infância (1888); Estâncias (1889).
Exerceu diversos cargos na Prefeitura do Recife, entre os quais o de Oficial Maior, Superintendente de Ensino e Diretor Geral da Instrução Pública, cargo que ocupou até 1907, quando se aposentou.
Era sócio benemérito do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano, onde também ocupou o cargo de 1º Secretário. Foi um dos fundadores da Academia Pernambucana de Letras, além de sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e correspondente dos Institutos Históricos de São Paulo, Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte.
Pertenceu ainda à Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro; à Social and Political Academy of Philadelphia; à Columby Society of Jurisprudence e ao Liceu de Artes e Ofícios de Pernambuco.
Era doutor honoris causa, pela Universidade de Montevidéu, no Uruguai.
Sua principal obra, o Dicionário corográfico, histórico e estatístico de Pernambuco, foi publicado em quatro volumes, pela Imprensa Nacional do Rio de Janeiro, entre 1908 e 1927.
É autor também de diversos artigos publicados na Revista do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano, entre os quais: Geografia pernambucana: município do Recife (1898); Geografia pernambucana: município de Goiana (1898); Geografia pernambucana: município de Limoeiro (1900); O Recife cidade e capital (1901); Lições de história (1910); Joaquim Nabuco (1913); Crônica histórica da cidade do Recife, 1849-1915 (1916); Sesmarias (1918).
Sebastião Galvão morreu no Recife, em sua residência, na Rua Nunes Machado, n. 447, no ano de 1928.
Recife, 31 de janeiro de 2012.
Fontes consultadas
GALVÃO, Sebastião de Vasconcellos. Diccionario chorographico, histórico e geographico de Pernambuco. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1927. p. 443-444.
O INÍCIO do século XX: um tempo de crises. Disponível em: http://www.institutoarqueologico.com.br/historico/crise.php. Acesso em: 30 jan. 2012.
PÁGINA de saudade: Sebastião Galvão. Revista do Instituto Archeológico, Histórico e Geographico Pernambucano, Recife, v. 29, n. 135-142, p. 344-346, 1928-1929.
SEBASTIÃO de Vasconcellos Galvão. Almanach de Pernambuco, Recife, ano 9, [s.p.], 1907.
Como citar este texto
GASPAR, Lúcia. Sebastião Galvão. In: PESQUISA Escolar. Recife: Fundação Joaquim Nabuco, 2012. Disponível em: https://pesquisaescolar.fundaj.gov.br/pt-br/artigo/sebastiao-galvao/. Acesso em: dia mês ano. (Ex.: 6 ago. 2009.)