Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano
Última atualização: 18/11/2022
Foi fundado no dia 28 de janeiro de 1862, constituindo-se no primeiro instituto histórico regional do Brasil.
Seu primeiro presidente eleito foi o Monsenhor Francisco Muniz Tavares.
Comenta-se que o Instituto teve suas origens a partir de críticas feitas pelo Imperador Pedro II, quando da sua visita ao Recife, em 1859, sobre o descaso e à indiferença dos intelectuais pernambucanos quanto ao passado histórico do Estado.
No início, funcionou em dependências do convento do Carmo, depois na Biblioteca Pública Provincial do mosteiro de São Francisco e posteriormente num prédio na praça da Concórdia, hoje, praça Joaquim Nabuco.
De 1912 a 1919, instalou-se no Ginásio Pernambucano, de onde mudou-se, definitivamente, para o prédio n. 130, da rua do Hospício, um casarão patriarcal de dois andares, porta larga de entrada, três janelas e varanda, próximo ao Teatro do Parque.
Sob a guarda do seu Museu, aberto ao público, estão documentos e relíquias que são fontes valiosas para a história de Pernambuco, como uma coluna em pedra com o brasão e a coroa portugueses datando de 1535, que serviu de marco divisório entre as capitanias de Pernambuco e Itamaracá; o brasão de armas de Duarte Coelho; os bustos de Frei Caneca, Oliveira Lima, Alfredo de Carvalho e Mário Melo, o primeiro prelo do jornal Diario de Pernambuco; um canhão holandês de bronze; pilares norte e sul do demolido arco de Santo Antônio; retratos a óleo e quadros de personalidades como Maurício de Nassau, Dom Pedro II, o bispo Azeredo Coutinho, João Alfredo, o Conde da Boa Vista; dois painéis sobre a primeira e a segunda batalha dos Guararapes; estampas preciosas do Recife antigo; uma coleção numismática; mobiliário pernambucano do século XIX; objetos e manuscritos raros.
Todo o seu acervo é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
Possui também uma biblioteca com um acervo importante e obras raras para a história pernambucana.
Publica, desde outubro de 1863, a Revista do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano, um dos mais importantes e raros periódicos históricos do País.
Teve como sócios, entre muitos outros, historiadores e intelectuais como José Higino, Pereira da Costa, Alfredo de Carvalho e José Antônio Gonsalves de Mello, que foi seu presidente de 1965 a 2000.
Recife, 17 de julho de 2003.
Fontes consultadas
BARBOSA, Antonio. Relíquias de Pernambuco: guia aos monumentos históricos de Olinda e Recife. São Paulo: Ed. Fundo Educativo Brasileiro, 1983. p. 85.
FRANCA, Rubem. Monumentos do Recife: estátuas e bustos, igrejas e prédios, lápides, placas e inscrições históricas do Recife. Recife: Secretaria de Educação e Cultura, 1977. 382 p.
REVISTA DO INSTITUTO ARQUEOLÓGICO, HISTÓRICO E GEOGRÁFICO PERNAMBUCANO, Recife, v. 41, p. XXIII-XXV, 1946-1947.
Como citar este texto
GASPAR, Lúcia. Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano. In: PESQUISA Escolar. Recife: Fundação Joaquim Nabuco, 2003. Disponível em:https://pesquisaescolar.fundaj.gov.br/pt-br/artigo/instituto-arqueologico-historico-e-geografico-pernambucano/. Acesso em: dia mês ano. (Ex.: 6 ago. 2020.)