SaGRAMA é um grupo instrumental, também chamado de Banda Sinfônica do Recife que trabalha a música pernambucana baseada nas manifestações populares. É formado por professores do Conservatório Pernambucano de Música.
Surgiu em 1995, a partir da iniciativa do professor e flautista Sérgio Campelo que é responsável pela direção artística e pelos arranjos instrumentais do grupo. Todos os componentes são músicos com formação erudita: Sérgio Campelo, Jônatas Zacarias, Fábio Delicato, João Pimenta, Cláudio Moura, Antonio Barreto, Crisósomo Santos, Thiago Foumier e Frederica Bourgeois.
O primeiro CD do Grupo Instrumental SaGRAMA, lançado em agosto de 1998, foi viabilizado a partir de uma iniciativa da LG Projetos & Produções Artísticas utilizando a lei municipal de incentivo à cultura. Depois do primeiro CD, o Grupo deslanchou na carreira artística. Em novembro do mesmo ano, ganhou o prêmio AESO de Cultura Pernambucana e foi finalista do prêmio Sharp.
Em dezembro de 1998, o SaGRAMA gravou a trilha sonora exclusiva composta por Sérgio Campelo para a microssérie, O Auto da Compadecida, baseada na obra do escritor Ariano Suassuna, adaptada por Guel Arraes, Adriana e João Falcão, exibida pela Rede Globo de Televisão, em janeiro de 1999.
Em 1999, o Grupo assinou contrato com a Kuarup (distribuidora carioca) que passou a ser responsável pela distribuição de seus CDs no mercado fonográfico nacional.
Também em 1999, a equipe brasileira de nado sincronizado apresentou sua coreografia nos Jogos Pan-americanos de Winnipeg no Canadá, ao som da música do SaGRAMA.
Pode-se dizer que o SaGRAMA é um grupo instrumental que já nasceu bem sucedido e ao longo de sua carreira tem se apresentado em variados espaços culturais como teatros, fundações, universidades, bibliotecas, escolas e outros. A música do SaGRAMA marca presença também nas trilhas sonoras de peças teatrais, espetáculos de dança, filmes de curta-metragem, vídeos comerciais e CD-ROMs educativos.
É do SaGRAMA a composição e gravação da trilha sonora do filme O Brasil Império na TV, dirigido por Fátima Accetti e Cynthia Falcão, realizado pela Fundação Joaquim Nabuco em 2002.
Em 2003, o SaGRAMA compôs a trilha sonora da peça de teatro intitulada Fernando e Isaura, baseada no romance de mesmo nome de autoria do escritor Ariano Suassuna, adaptada pelo diretor Carlos Carvalho. Essa peça ficou em cartaz durante três meses e os músicos do SaGRAMA estiveram em cena interagindo com os atores da peça. Esse evento se repetiu por mais três meses no final de 2005.
O trabalho mais recente do Grupo chama-se: O Projeto SaGRAMA e músicos convidados. Consiste em levar os Timbres da Cultura Nordestina ao auditório do Centro Cultural dos Correios, no Recife para apresentações musicais do grupo junto com músicos convidados, aos domingos, nos meses de agosto e novembro de 2011. Com isso, cada apresentação conta com um músico ou grupo com diferentes estilos musicais.
O SaGRAMA já lançou sete CDs. O último deles, Chão Batido. Palco, Picadeiro, pelo selo carioca Biscoito Fino, possibilitou ao grupo concorrer ao Prêmio de Música Brasileira edição 2011, como melhor grupo instrumental.
Recife, 31 de outubro de 2011.
Fontes consultadas
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss ilustrado música popular brasileira. Rio de Janeiro: Instituto Antonio Houaiss; Instituto Cultural Cravo Albin; Editor Paracatu, 2006. Disponível em: http://www.dicionariompb.com.br/sagrama/discografia. Acesso em: 26 out. 2011.
BANDA Sinfônica do Recife: SaGRAMA. Disponível em: http://bandasinfonicacidadedorecife.blogspot.com/2011/04/sagrama.html. Acesso em: 19 out. 2011.
SAGrama. Disponível em: http://sagrama.com.br/home.html. Acesso em: 28 out. 2011.
Como citar este texto
ANDRADE, Maria do Carmo. SaGRAMA. In: PESQUISA Escolar. Recife: Fundação Joaquim Nabuco, 2011. Disponível em: https://pesquisaescolar.fundaj.gov.br/pt-br/artigo/sagrama/. Acesso em: dia mês ano. (Ex.: 6 ago. 2011.)