É um canto ou toada um tanto dolente, uma melodia lenta, bem adaptada ao andar vagaroso dos animais, finalizado sempre por uma frase de incitamento à boiada: ei boi! boi surubim!, ei lá, boizinho!
A dança do vaqueiro de Marajó – a maior ilha fluviomarinha do mundo, localizada no estado do Pará – foi criada por escravos africanos, provavelmente influenciados pelos trabalhos dos homens do campo, na sua organização coletiva de cavalgar e de laçar o gado.
No final de século XVII, na então chamada Ilha Grande de Joanes, estabeleceram-se as primeiras fazendas de gado, com rebanho oriundo de Portugal. Os animais foram introduzidos na ilha pelos colonizadores, iniciando-se um longo processo de mestiçagem.
O vaqueiro é a figura central de uma fazenda. Seu trabalho é árduo e contínuo.