Situada no município de Goiana, foi fundada em 1910, pelo coronel Francisco Vellozo de Albuquerque Melo, João Joaquim de Mello Filho e José Henrique Cézar de Albuquerque (firma Mello, Vellozo & Cézar).
No período de 1921 e 1922, esmagou 550 a 600 toneladas de cana por dia e produziu 91.500 sacos de açúcar.
Em 1929, possuía 12 propriedades agrícolas, capacidade para processar 600 toneladas de cana e fabricar 5.000 litros de álcool em 22 horas.
Na época da moagem trabalhavam na fábrica cerca de 150 operários e a cana mais cultivada era a manteiga. Tinha uma ferrovia de 60 quilômetros, cinco locomotivas e 200 carros. O transporte da cana e do combustível era feito pela via férrea própria e o do açúcar e do álcool por via marítima.
Possuía um grande vila operária, seus empregados tinham seguro contra acidentes e a usina mantinha duas escolas com freqüência média anual de 30 alunos.
Em 1937, foi vendida para João Pereira dos Santos e mais nove sócios. Sob seu comando foi criada a Companhia Agroindustrial de Goiana, atual proprietária da usina, tendo como sócio majoritário João Pereira dos Santos, que comprou as ações dos demais componentes da empresa, tornando-se o único proprietário.
A Santa Teresa é uma das usinas mais importantes de Pernambuco, com uma produção anual de 1.800.000 sacos de açúcar refinado granulado.
Recife, 7 de agosto de 2003.
Fontes consultadas
ANDRADE, Manuel Correia de. História das usinas de açúcar de Pernambuco. Recife: FJN. Ed. Massangana, 1989. 114 p. (República, v.1)
GONÇALVES & SILVA. O assucar e o algodão em Pernambuco. Recife: [s.n.], 1929. 90 p.
MOURA, Severino. Senhores de engenho e usineiros, a nobreza de Pernambuco. Recife: Fiam, CEHM, Sindaçúcar, 1998. 320 p. (Tempo municipal, 17).
Como citar este texto
GASPAR, Lúcia. Usina Santa Teresa. In: Pesquisa Escolar. Recife: Fundação Joaquim Nabuco, 2003. Disponível em: https://pesquisaescolar.fundaj.gov.br/pt-br/artigo/usina-santa-teresa/. Acesso em: dia mês ano. (Ex.: 6 ago. 2009.)