Imagem card

Usina Petribú

Foi fundada, em 1910, por João Cavalcanti Petribú, que transformou em usina um antigo engenho banguê (chamado também Petribú) de sua propriedade.
 

Usina Petribú

Artigo disponível em: ENG ESP

Última atualização: 03/05/2021

Por: Lúcia Gaspar - Bibliotecária da Fundação Joaquim Nabuco - Especialista em Documentação Científica

Está situada no município de Lagoa de Itaenga, na margem direita do Rio Capibaribe.

 

Foi fundada, em 1910, por João Cavalcanti Petribú, que transformou em usina um antigo engenho banguê (chamado também Petribú) de sua propriedade.

 

João Cavalcanti Petribú entregou a direção da usina aos seus filhos mais velhos e foi morar com sua esposa e filhos mais novos na fazenda Santa Cruz, onde construiu um belo casarão, conhecido como o palacetede Santa Cruz, atualmente localizado dentro da cidade de Carpina.

 

Em 1929, a usina possuía cinco propriedades agrícolas e capacidade para esmagar 420 toneladas de cana em 22 horas. Sua via férrea tinha 32 quilômetros, possuía três locomotivas e 92 vagões. Na época da moagem trabalhavam na fábrica cerca de 60 operários, inclusive menores, não sendo aceitos estrangeiros e mulheres. O transporte da cana-de-açúcar e do combustível era feito por tração animal (carros-de-boi), caminhões e via férrea própria e o açúcar e o álcool eram transportados para o Recife pela Great Western. Mantinha uma escola com freqüência anual de 30 alunos.

 

Em 1934, depois da morte de João Cavalcanti Petribú, a usina passou por grandes dificuldades até 1953, quando Paulo Petribú, o filho homem mais jovem, assumiu integralmente a empresa, comprando as partes dos irmãos e cunhados.

 

Atualmente, a usina tem 10.000 hectares espalhados por quase dez municípios e capacidade para produzir anualmente mais de 2.000.000 de sacos de açúcar e mais de 25.000.000 de litros de álcool.

 

Mantém uma grande estrutura com uma igreja católica, refeitório industrial, ambulatório médico, ônibus escolar, assistência médico-odontológica, centro social, um clube social, o Grêmio Esportivo Petribú, a Escola Josefa Petribú e moradias com três quartos, sala, banheiro, cozinha, terraço, área de serviço, quintal, jardim, água, luz e saneamento, sem ônus para os funcionários que nelas residam.

 

 

Recife, 7 de agosto de 2003.

 

Fontes consultadas

ANDRADE, Manuel Correia de. História das usinas de açúcar de Pernambuco. Recife: FJN. Ed. Massangana, 1989. 114 p. (República, v.1)

GONÇALVES & SILVA. O assucar e o algodão em Pernambuco. Recife: [s.n.], 1929. 90 p.

MOURA, Severino. Senhores de engenho e usineiros, a nobreza de Pernambuco. Recife: Fiam, CEHM, Sindaçúcar, 1998. 320 p. (Tempo municipal, 17).

 

Como citar este texto

GASPAR, Lúcia. Usina Petribú. In: Pesquisa Escolar. Recife: Fundação Joaquim Nabuco, 2003. Disponível em: https://pesquisaescolar.fundaj.gov.br/pt-br/artigo/usina-petribu/. Acesso em: dia mês ano. (Ex.: 6 ago. 2009.)