Inicialmente denominada Colônia Izabel, a usina Frei Caneca foi fundada, em 1886, pelo Governo do Estado de Pernambuco, no município de Maraial.
Entre 1904 e 1914 foi arrendada a Leopoldo Lins, quando este fundou a usina Rio Una. Depois foi mais uma vez arrendada, ao senador Fábio da Silveira Barros que, em 1927, a comprou em concorrência pública.
Em 1929, possuía 16 propriedades agrícolas, 27 quilômetros de via férrea, 4 locomotivas e 45 carros. Tinha capacidade para processar 220 toneladas de cana e produzir 1.800 litros de álcool em 22 horas. Trabalhavam na fábrica 200 operários. O transporte da cana e da lenha era feito pela ferrovia própria e os produtos fabricados eram transportados para o Recife pela Great Western.
Após a morte do senador Fábio da Silveira foi formada uma diretoria, composta pelos herdeiros, para dirigir a empresa, continuando a usina até hoje como propriedade da família.
Apesar de estar localizada na zona mais acidentada de Pernambuco, tornando a mão-de-obra onerosa, devido a boa administração de seus diretores, a usina já tem mais de cem anos de atividades ininterruptas.
Recife, 7 de agosto de 2003.
Fontes consultadas
ANDRADE, Manuel Correia de. História das usinas de açúcar de Pernambuco. Recife: FJN. Ed. Massangana, 1989. 114 p. (República, v.1)
GONÇALVES & SILVA. O assucar e o algodão em Pernambuco. Recife: [s.n.], 1929. 90 p.
MOURA, Severino. Senhores de engenho e usineiros, a nobreza de Pernambuco. Recife: Fiam, CEHM, Sindaçúcar, 1998. 320 p. (Tempo municipal, 17).
Como citar este texto
GASPAR, Lúcia. Usina Frei Caneca. In: Pesquisa Escolar. Recife: Fundação Joaquim Nabuco, 2003. Disponível em: https://pesquisaescolar.fundaj.gov.br/pt-br/artigo/usina-frei-caneca/. Acesso em: dia mês ano. (Ex.: 6 ago. 2009.)