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Usina Barão de Suassuna

Era anteriormente um engenho, também denominado Mameluco, situado em Escada.

Usina Barão de Suassuna

Artigo disponível em: ENG ESP

Última atualização: 17/05/2021

Por: Lúcia Gaspar - Bibliotecária da Fundação Joaquim Nabuco - Especialista em Documentação Científica

Situada no município de Escada, foi fundada em 1877, com a denominação de usina Mameluco, pelo tenente-coronel Antônio Marques de Holanda Cavalcanti. Era anteriormente um engenho, também denominado Mameluco.

 

Nas proximidades da usina fica o engenho Limoeiro, de propriedade de Belmiro da Silveira Lins, o Barão de Escada, assassinado em 1880, em Vitória de Santo Antão.

 

No engenho Limoeiro foi fundada a usina Limoeirinho, em 1881, por Henrique Marques de Holanda Cavalcanti, o Barão de Suassuna, que neste mesmo ano casou-se com Maria Lins Cavalcanti, filha do seu tio Belmiro da Silveira Lins. Dessa forma, o Barão de Suassuna tornou-se proprietário das duas usinas: Mameluco e Limoeirinho. A primeira foi herdada do seu pai e a segunda construída e reformada por ele em 1910.

 

A usina Mameluco possuía, em 1929, dez propriedades agrícolas e 34 fornecedores de cana, destacando-se o engenho Cachoeirinha, onde foi empregado, pela primeira vez no Brasil, o método do plantio de sementes por meio de flechas.

 

Sua via férrea tinha 70 quilômetros, sete locomotivas e 200 carros. Possuía capacidade para processar 500 toneladas de cana e produzir 5.000 litros de álcool em 22 horas. Na época da moagem trabalhavam na fábrica cerca de 50 operários.

 

Mantinha uma associação de beneficência e três escolas, com matrícula média anual de 115 alunos.

 

Quando morreu em 1941, com 87 anos de idade, o Barão de Suassuna deixou as suas usinas como herança para seu sobrinho, o médico Fonseca Lima, que ainda na década de 1940 as passou para Jayme Loyo e seus filhos.

 

Devido a uma grande crise, a usina sofreu intervenção do Instituto do Açúcar e do Álcool -IAA, mas seus proprietários superaram o problema e voltaram a administrá-la.

 

A usina Limoeiro dissolveu-se e foi absorvida pela Mameluco, passando, em seguida, a denominar-se usina Barão de Suassuna, em homenagem ao seu antigo dono.

 

 

Recife, 6 de agosto de 2003.

 

Fontes consultadas

ANDRADE, Manuel Correia de. História das usinas de açúcar de Pernambuco. Recife: FJN. Ed. Massangana, 1989. 114 p. (República, v.1)

GONÇALVES & SILVA. O assucar e o algodão em Pernambuco. Recife: [s.n.], 1929. 90 p.

MOURA, Severino. Senhores de engenho e usineiros, a nobreza de Pernambuco. Recife: Fiam, CEHM, Sindaçúcar, 1998. 320 p. (Tempo municipal, 17).

 

Como citar este texto

GASPAR, Lúcia. Usina Barão de Suassuna. In: Pesquisa Escolar. Recife: Fundação Joaquim Nabuco, 2003. Disponível em: https://pesquisaescolar.fundaj.gov.br/pt-br/artigo/usina-barao-de-suassuna/. Acesso em: dia mês ano. (Ex.: 6 ago. 2009.)