Luiz Pinto Ferreira nasceu no dia 7 de outubro de 1918, na cidade do Recife, Pernambuco, filho de Alfredo Pinto Ferreira e Maria Regina Pinto Ferreira.
Fez o ensino de primeiro grau no Colégio Nóbrega, do Recife (1927 e 1928), e cursou o segundo grau em três instituições de ensino: Liceu Pernambucano, Recife 1929; Colégio Aldridge, Rio de Janeiro, 1930 e 1931 e Colégio Marista, Recife, em 1931 a 1933.
Graduou-se em Ciências Jurídicas e Sociais, pela Faculdade de Direito, da então Universidade do Recife, hoje Universidade Federal de Pernambuco, no ano de 1938.
Defendeu tese de livre-docência em Teoria Geral do Estado, em 1944 e de doutorado em Ciências Jurídicas e Sociais, em 1950, também pela Faculdade de Direito do Recife
Foi senador por Pernambuco (1962 a 1963) e um dos fundadores do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), sendo seu presidente na década de 1970.
Constitucionalista, sociólogo e jurista-filósofo, Pinto Ferreira foi professor de Direito Constitucional e Sociologia na Universidade Federal de Pernambuco, na Universidade Católica de Pernambuco, na Faculdade de Direito de Caruaru e reitor da Universidade do Agreste, em Caruaru.
Eleito por unanimidade, em 1975, para a Academia Pernambucana de Letras, por indicação da própria Academia, foi membro também da Academia Pernambucana de Letras Jurídicas; da Academia Pernambucana de Ciências; da Academia Nacional de Direito, do Rio de Janeiro; da Academia Brasileira de Letras Jurídicas (ABLJ); da Academia Internacional de Jurisprudência e Direito Comparado, assim como de associações estrangeiras: a Sociedade de Semântica Geral, de Chicago, a Academia Americana de Ciência Política e Social, da Filadélfia e a Associação de Filosofia e Ciência, de Detroit, nos Estados Unidos; o Instituto Peruano de Sociologia, do Peru; o Instituto Libero Americano de Direito Constitucional, do México.
Em 1999, recebeu os títulos de Professor Emérito da Faculdade de Direito do Recife e de Doutor Honoris Causa pela Universidade de Coimbra, Portugal.
É autor de um projeto para a Constituição de Pernambuco, por indicação da Assembléia Legislativa do Estado, além de ter sido membro da Comissão Provisória de Estudos Constitucionais
De sua vasta obra (mais de duzentos livros e centenas de artigos de periódicos), publicada no Brasil e no exterior, em português, francês, inglês, espanhol, italiano e russo, inclusive algumas obras clássicas na área de Direito adotadas por universidades latino-americanas, podem ser destacadas as seguintes:
· Novos rumos do Direito Público, 1937;
· Teoria científica do conhecimento, 1939;
· Sociologia das revoluções, 1939;
· Ologênese Ciclo Social, 1939;
· Teoria do espaço social, 1939;
· Formação, desenvolvimento e fins do Estado, 1945;
· Pitirim y el concepto de la Sociologia relacional, México, 1945;
· A democracia socialista e o presidencialismo brasileiro, 1946;
· The Marxian socialism, 1947;
· Analysis of Mind and Hypnosis, 1948;
· The Concept of Nous, 1948;
· Princípios gerais do Direito Constitucional moderno, 1948;
· Tobias Barreto e a nova escola do Recife, 1950;
· Pernambuco e seu destino histórico, 1950;
· Introdução à Filosofia Científica, 1951
· El problema de la reforma agraria, México, 1954;
· Filosofia da história literária, 1955;
· Notas Críticas sobre a Filosofia Marxista, 1957;
· Teoria geral do Estado, 1957;
· A reforma agrária, 1960;
· Curso de Direito Constitucional, 1964;
· As Constituições dos estados no regime federativo, 1964;
· A idéia da universidade e a recente reforma universitária alemã,1971;
· A Filosofia como consciência crescente, 1973;
· O Hinduísmo Filosófico, 1973;
· Recordação de Hegel, 1974;
· Curso de organização social e política brasileira, 1974;
· Tratado de Filosofia Dialética, 1976 (6.v.);
· Constituição e processo civil na América Latina, 1976;
· História da Faculdade de Direito do Recife, 1980;
· Tratado das heranças e dos testamentos, 1983;
· Educação e Constituinte, 1986;
· O Ministério Público e a Advocacia do estado, 1987;
· Presidencialismo e parlamentarismo, 1987;
· Manual de Sociologia e Pesquisa Social, 1989;
· A Nova Constituição e a democracia participativa, 1990;
· A concepção das ilusões constitucionais, 1992;
· O Impeachment, 1993;
· A constitucionalização simbólica, 1995;
· A justiça no estado de direito, 1995;
· Acesso Allá giustizia come programma di riforme e come método di pensiero, 1998;
· Curso de Direito Processual Civil, 1998;
· Vocabulário jurídico das ações e dos recursos, 1999;
· Internet, crimes eletrônicos e criptografia, 2000;
· O meio ambiente, os crimes e os danos ecológicos, 2001;
· A defesa da Amazônia Legal, 2001.
O jurista Luiz Pinto Ferreira morreu no Recife, no dia 7 de abril de 2009.
Recife, 22 de maio de 2009.
Fontes consultadas
BIOGRAFIA: Luiz Pinto Ferreira, Doutor Honoris causa. Disponível em: http://www.sopece.br/2006/html/pinto_ferreira.htm. Acesso em: 29 abr. 2009.
LUÍS Pinto Ferreira. In: Infopédia: Dicionários Portos Editora. Porto: Porto Editora, 2003. Disponível em: goo.gl/xr1ky9. Acesso em: 8 abr. 2009
O MUNDO jurídico perde o constitucionalista Pinto Ferreira. Algomais, Recife. Disponível em: http://www.revistaalgomais.com.br/. Acesso em: 8 abr. 2009.
PERÍODOS Legislativos da Quarta República 1959-1963: Senador Pinto Ferreira. Disponível em: goo.gl/wnX7GB. Acesso em: 29 abr. 2009.
PINTO Ferreira. [Foto neste texto]. Disponível em: http://www.luizpintoferreira.com/. Acesso em: 17 out. 2017.
PINTO Ferreira: In: CENTENÁRIO da Academia Pernambucana de Letras: os de ontem, os de hoje os de sempre. Recife: A Academia, 2001. v. 1. p. 281-287.
ROMA FILHA, Elias. Pinto Ferreira. Recife: AIP/Cepe, 1998. (Perfis Pernambucanos, 5).
Como citar este texto
GASPAR, Lúcia. Pinto Ferreira (Luiz). In: Pesquisa Escolar. Recife: Fundação Joaquim Nabuco, 2009. Disponível em: https://pesquisaescolar.fundaj.gov.br/pt-br/artigo/pinto-ferreira-luiz/. Acesso em: dia mês ano. (Ex.: 6 ago. 2009.)