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Olimpio Bonald Neto

Data Nasc.:
07/10/1932

Ocupação:
Advogado, jornalista, folclorista, escritor, poeta e pintor

Formação:
Ciências Jurídicas e Sociais

Olimpio Bonald Neto

Artigo disponível em: ENG ESP

Última atualização: 22/09/2022

Por: Maria do Carmo Gomes de Andrade - Bibliotecária da Fundação Joaquim Nabuco - Especialista em Biblioteconomia

Olimpio Bonald Neto da Cunha Pedrosa, advogado, jornalista, folclorista, escritor, poeta e pintor, nasceu em Olinda, no dia 7 de outubro de 1932. Graduou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito do Recife, em 1957. Nos anos 1960, cursou Artes Plásticas e, em 1974, fez curso de Planejamento do Desenvolvimento Turístico, pelo Centro Interamericano de Capacitación Turística (Cicatur–OEA), no México. Em 1980, Bonald Neto fez Pós-Graduação em Jornalismo Político na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap).

 

Em 1957, recebeu o prêmio literário Comenda da Ordem dos Guararapes do Estado de Pernambuco por seus Contos. Participou ainda do Movimento de Artes da Ribeira, em Olinda, na década de 1960, com várias exposições. Em 1966, recebe o prêmio de Poesia, conferido pela União Brasileira de Escritores, e em 1976 é agraciado com o prêmio de Ensaio pela Academia Pernambucana de Letras.

 

Conquista ainda, em 1960, o prêmio de Antropologia Cultural da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), pela pesquisa realizada sobre os bacamarteiros, posteriormente publicada em livro sob o titulo Bacamarte, pólvora e povo, pela Fundaj.

 

Bonald Neto exerceu ainda o cargo de Procurador Autárquico Federal e a advocacia cívil e trabalhista até a década de 1990. Foi fundador e professor do Curso de Turismo da Unicap e da Fundação de Ensino Superior de Olinda (Funeso).

 

Polivalente e sempre envolvido nas questões culturais, Bonald Neto é sócio fundador do Centro de Estudos de Historia Municipal, da antiga FIAM (hoje incorporada à Agência Condepe/Fidem); das Academias Olindense e Recifense de Letras; da Academia de Letras e Artes do Nordeste e da Sociedade dos Poetas Vivos de Olinda.

 

Além de difusor da cultura regional, Bonald Neto é reconhecido por sua relevância literária como membro da Academia Pernambucana de Letras e da União Brasileira de Escritores, Seção Pernambuco, instituição da qual foi presidente em 1990. É membro também do Instituto Histórico de Olinda e do Instituto Histórico de Goiana, Pernambuco.

 

Atualmente, é vice-presidente da Comissão Nacional do Folclore e membro do Conselho da Associação de Imprensa de Pernambuco (AIP). Fez parte ainda da Comissão Internacional das Organizações de Festivais Folclóricos da Unesco e presidiu a Fundação de Cultura da Cidade do Recife.

 

Publicou vários contos, poesias e ensaios literários, técnicos e didáticos. Destacam-se, a seguir, algumas de suas publicações na área da antropologia cultural: Os bacamarteiros, 1965; Bacamarte, pólvora e povo, 1976; A arte do entalhe, tradição artística olindense, 1985; Os caboclos de lança-azougados guerreiros de Ogum, 1987; Gigantes foliões de Pernambuco, 1992; A ideologia dos Anos Trinta, 1996.

 

Contos: Um negro volta ao mangue, 1957; O homem que devia ter morrido há três anos (1966); Uma noite no castelo, 1985; A loba e os faisões, 1992; Seresta em tempo de caju, 1996.

 

Colabora nas antologias: Violão de rua II, 1963; Presença poética do Recife, 1969; O urbanismo na literatura, 1976; Poética olindense, 1981; Carne viva, 1984; Poética olindense, 1981; Poetas da Rua do Imperador, 1986; Seleta de autores pernambucanos, 1987; Álbum do Recife, 1987; Contos de Pernambuco, 1988;Presença acadêmica, 1993; Poésie du Brésil, Paris, 1997; Antologia dos poetas nordestinos e contemporâneos, 1998; Antologia do conto nordestino e contemporâneo, 1998; Poesia e vida-I, II e III. Antologias da Sociedade dos Poetas Vivos, 1999, 2000 e 2001; Antologia do conto nordestino, 2000.

 

Poesias: Dura e breve historia da Ilha do Maruim, 1961; Tríptico, 1965; Hinapino,1974; Estudo de cor na Zona da Mata Sul pernambucana, 1975; Cantoria, 1980;Balada bacamarteira no Alto do Bom Jesus, 1983; Práxis Amandi, 1984; O livro da poesia, 1990.

 

Trabalhos e ensaios técnicos: Que é turismo?, 1973; Introdução ao estudo do turismo, 1975; Cultura, turismo e tempo: a fruição do intangível, 1983; Turismo tropical: vocação regional e estratégia internacional capitalista, 1984; Elementos do Plano e do Projeto de Turismo, 1999.

 

 

 

Recife, 24 de fevereiro de 2010.

 

Fontes consultadas

BONALD NETO, Olímpio. Bacamarte, pólvora e povo. 3. ed. Recife: Bagaço, 2004.

 

SOUTO MAIOR, Maior; VALENTE, Waldemar. Antologia pernambucana de folclore. Recife: Massangana, 1988.

OLÍMPIO Bonald Neto. In: PORTO das Letras. Autores pernambucanos. Recife, [200-]. Disponível em: http://www.recife.pe.gov.br/portodasletras/paginas/php/autores.php?id=98. Acesso em: 10 fev. 2010.

 

OLÍMPIO Bonald Neto. [Foto neste texto]. Disponível em: http://www.ube-pe.org.br/olimpiobonald.htm. Acesso em: 01 out. 2012.

 

Como citar este texto

ANDRADE, Maria do Carmo. Olimpio Bonald Neto. In: PESQUISA Escolar. Recife: Fundação Joaquim Nabuco, 2010. Disponível em: https://pesquisaescolar.fundaj.gov.br/pt-br/artigo/olimpio-bonald-neto-/. Acesso em: dia mês ano. (Ex.: 6 ago. 2009.)