Geraldo Magalhães Melo, engenheiro civil, era o quarto filho de Odorico Melo e de Rosa Parente de Magalhães Melo, irmã de Agamenon Sérgio de Godoy Magalhães, ex-interventor e ex-governador de Pernambuco, ministro do trabalho e da justiça no governo do presidente Getúlio Vargas e professor catedrático de teoria geral do estado na Faculdade de Direito do Recife.
A vocação para a vida pública, herança do seu tio Agamenon, se revelou apenas para os seus irmãos Roberto (ex-governador de Pernambuco, ex-prefeito do Recife e, atualmente no quarto mandato como deputado federal), Zezito (ex-deputado estadual) e Luiz (deputado federal, já falecido).
Na década de 1950, Geraldo ingressou como engenheiro no Departamento de Estradas e Rodagem (DER) e, como técnico, não tinha a preocupação de entrar para a vida pública. Entretanto, em 1969, foi indicado pelo governador Nilo Coelho (1967-1971), e aprovado pela Assembleia Legislativa de Pernambuco, para prefeito da cidade do Recife. Foi uma época muito difícil para a história política brasileira, uma vez que a ditadura militar havia se instalado no País e as capitais brasileiras eram tidas como áreas de segurança nacional pelos governos militares.
Exerceu o cargo por um ano e onze meses (1969-1970) e marcou sua gestão por fortes intervenções urbanas:
·construiu: os três primeiros viadutos da cidade (da Avenida João de Barros, da Avenida Norte, e o do Forte das Cinco Pontas); o ginásio de esportes que leva o seu nome, popularmente conhecido como “Geraldão”, no bairro da Imbiribeira; a Avenida Mascarenhas de Morais;
·iniciou as obras de ajardinamento de Boa Viagem; as intervenções para a abertura da Avenida Agamenon Magalhães;
·urbanizou a Rua da Aurora;
·restaurou do Pátio de São Pedro;
·ampliou a Avenida Caxangá;
·inaugurou: escolas, centros sociais urbanos, postos de saúde.
Ao terminar seu mandato como prefeito, exerceu, na década de 1970, o cargo de presidente do extinto Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Pernambuco (Ipsep). No período de 1982-1986, ocupou a vice-presidência do Banco do Estado de Pernambuco (Bandepe), onde modernizou as atividades bancárias, principalmente na área de informática.
Geraldo Magalhães Melo faleceu no dia 24 de fevereiro de 2009, aos 82 anos, em decorrência de uma cirurgia. Deixou seis filhos e nove netos.
Recife, 30 de março de 2009.
Fontes consultadas
DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS. 16 maio 2008. Disponível em:<http://imagem.camara.gov.br/dc_20b.asp?selCodColecaoCsv=D&Datain=16/5/2008>. Acesso em: 27 mar. 2009.
EX-PREFEITO do Recife morre aos 82 anos. Jornal do Commercio, Recife, 25 fev. 2009. Política, p. 3.
Um “Magalhães” a menos. Disponível em: <http://www.alepe.pe.gov.br/sistemas/clipping/?arquivo=noticia.php&id=23450&data=&texto=&idfonte=1&pagina=1>. Acesso em 23 mar. 2009.
RECIFE em luto oficial de três dias pela morte de Geraldo Magalhães. Diario de Pernambuco, Recife, 25 fev. 2009. Disponível em: <http://www.jusbrasil.com.br/politica/1773903/recife-em-luto-oficial-de-tres-dias-pela-morte-de-geraldo-magalhaes>. Acesso em: 24 mar. 2009.
SAMPAIO, Ivanildo. O Recife de Geraldo. Jornal do Commercio, Recife, 22 mar. 2009. Opinião, p. 11.
Como citar este texto
BARBOSA, Virgínia. Geraldo Magalhães Melo. In: Pesquisa Escolar. Recife: Fundação Joaquim Nabuco, 2009. Disponível em: https://pesquisaescolar.fundaj.gov.br/pt-br/artigo/geraldo-magalhaes-melo/. Acesso em: dia mês ano. (Ex.: 6 ago. 2020.)