Artur Orlando da Silva nasceu no dia 29 de julho de 1858 no Recife, filho do tenente José Caetano da Silva e Belarmina Augusta de Moraes de Mesquita Pimentel da Silva.
Formou-se pela Faculdade de Direito do Recife, em 1881, aos 23 anos de idade.
Logo após a formatura dedicou-se à advocacia e ao jornalismo.
Casou-se com Maria Fragoso, uma das três primeiras alunas que se bacharelaram em Direito no Brasil, com a qual teve três filhas: Izabel, Maria e Olívia.
Discípulo e amigo de Tobias Barreto, Artur Orlando surgiu no ambiente cultural brasileiro a partir de 1885/1886, quando fez concurso para lecionar na Faculdade de Direito do Recife e publicou seu primeiro livro Filocrítica (1886), cuja introdução foi escrita por Martins Júnior.
Como homem público destacou-se em várias atividades, principalmente, no campo educacional, jornalístico, político e jurídico.
Intelectual brilhante desde muito jovem, dotado de grande cultura jurídico-filosófica e comprovada erudição, tinha como grande preocupação a educação brasileira. Considerava o ensino fator primordial para o desenvolvimento de qualquer nação.
Durante os anos de 1889 a 1892, foi Inspetor Geral da Instrução Pública de Pernambuco, quando procurou aperfeiçoar o ensino, dando-lhe um grande impulso. Propôs, entre outras coisas, a criação de uma escola em cada povoado com mais de 25 crianças em idade escolar, a abolição dos castigos corporais, a extinção de concurso para acesso à escola secundária e a inclusão da matéria “Literatura Nacional” para alunos do 3º ano.
Destacou-se também como senador e deputado federal por Pernambuco, em mais de uma legislatura.
O jornalismo, entretanto, se constituiu na sua atividade mais constante. Foi diretor e redator-chefe do Diario de Pernambuco (1901-1911), redator de A Província, colaborou com o Jornal do Recife, a Revista Brasileira e a Revista Ilustrada. Nesta última, que pertencia a seu pai, escreveu desde os quatorze anos de idade.
Participou ativamente da vida cultural de Pernambuco e do País. Foi sócio-fundador da Academia Pernambucana de Letras, membro do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano e da Academia Brasileira de Letras, para a qual foi eleito em 1907, ocupando a Cadeira 25.
Entre as suas obras mais relevantes destacam-se: Filocrítica (1886); O meu álbum (1891); Ensaios de crítica (1904); Propedêutica político-jurídica(1904); Novos ensaios (1905); Pan-americanismo (1906); Porto e cidade do Recife (1908) e Brasil, a terra e o homem (1913).
Acometido de uma grave septicemia (processo infeccioso generalizado) morreu no dia 27 de março de 1916, às 22h40, na cidade do Recife.
Recife, 14 de julho de 2004.
Fontes consultadas
ARTHUR Orlando. [Foto neste texto]. Disponível em: . Acesso em: 18 nov. 2016.
BRITO, Rosa Mendonça de. Filosofia, educação, sociedade e direito na obra de Arthur Orlando da Silva, 1858/1916. Recife: Fundaj. Ed. Massangana, 1980. 116 p.
CHACON, Vamireh. Da Escola do Recife ao código civil: Artur Orlando e sua geração. [Rio de Janeiro]: Organização Simões, [1969]. 362 p.
PAIM, Antônio. Artur Orlando e a Escola do Recife. Estudos Universitários, Recife, v. 15, n. 3-4, p. 5-32, jul./dez. 1975.
Como citar este texto
GASPAR, Lúcia. Arthur Orlando. In: PESQUISA Escolar. Recife: Fundação Joaquim Nabuco, 2004. Disponível em:https://pesquisaescolar.fundaj.gov.br/pt-br/artigo/arthur-orlando/. Acesso em: dia mês ano. (Ex.: 6 ago. 2020.)