Localizada no município de Nazaré da Mata, foi fundada em 1912, no engenho do mesmo nome, por Serafim Velho Camello Pessoa de Albuquerque e seus filhos.
De 1912 a 1917 a usina passou por grandes dificuldades financeiras. Vários sócios se desligaram da empresa, ficando apenas como proprietários os irmãos José e Methódio Maranhão e seu cunhado José Queiroz. Com esses três sócios, foi criada a firma Pessoa, Maranhão & Cia, que administrou a usina até 1946.
Posteriormente, Luiz Maranhão, filho de José Maranhão e neto do fundador, tornou-se o sócio majoritário da usina.
Em 1929, a usina possuía diversas propriedades agrícolas, 25 quilômetros de ferrovia, 3 locomotivas e 79 vagões. Tinha capacidade para trabalhar 500 toneladas de cana e fabricar 4.000 litros de álcool em 22 horas. Durante a moagem trabalhavam na fábrica cerca de 70 operários. Possuía um vila operária, escolas e associação de benficência.
Em 1950 e 1951, produziu 182.933 sacos de açúcar de 60 quilos, obtendo um rendimento médio por tonelada de cana moída de mais de 103 quilos de açúcar.
Atualmente, a usina da família Maranhão, encontra-se entre as maiores usinas do Estado de Pernambuco.
Recife, 7 de agosto de 2003.
Fontes consultadas
ANDRADE, Manuel Correia de. História das usinas de açúcar de Pernambuco. Recife: FJN. Ed. Massangana, 1989. 114 p. (República, v.1)
GONÇALVES & SILVA. O assucar e o algodão em Pernambuco. Recife: [s.n.], 1929. 90 p.
MOURA, Severino. Senhores de engenho e usineiros, a nobreza de Pernambuco. Recife: Fiam, CEHM, Sindaçúcar, 1998. 320 p. (Tempo municipal, 17).
Como citar este texto
GASPAR, Lúcia. Usina Matary. In: Pesquisa Escolar. Recife: Fundação Joaquim Nabuco, 2003. Disponível em: https://pesquisaescolar.fundaj.gov.br/pt-br/artigo/usina-matary/. Acesso em: dia mês ano. (Ex.: 6 ago. 2009.)