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Usina Central Barreiros

Situada ao sul do município de Barreiros, foi fundada entre 1885 e 1890, com o nome de Carassu, por João Carlos de Mendonça Vasconcelos e João Paulo Moreira Temporal.

Usina Central Barreiros

Artigo disponível em: ENG ESP

Última atualização: 17/05/2021

Por: Lúcia Gaspar - Bibliotecária da Fundação Joaquim Nabuco - Especialista em Documentação Científica

Situada ao sul do município de Barreiros, foi fundada entre 1885 e 1890, com o nome de Carassu, por João Carlos de Mendonça Vasconcelos e João Paulo Moreira Temporal. Sua capacidade de moagem era de vinte mil toneladas de cana esmagada por safra.

 

Foi desativada e substituída pela usina Central Barreiros, construída pela Companhia A. M. de Pernambuco, pertencente a Alfredo Osório e Estácio de Albuquerque Coimbra.

 

Em 1929, possuía vinte propriedades agrícolas, 28 quilômetros de ferrovia, quatro locomotivas e cinqüenta vagões. O transporte da cana e da lenha era feito pela via férrea e caminhões e o do açúcar e do álcool por via marítima.

 

Durante a época da moagem trabalhavam na fábrica cerca de 180 operários. Toda a maquinaria da usina, com estrutura metálica, foi adquirida na Holanda. Comentava-se que era a usina mais moderna e eficiente da época. Tinha capacidade para trabalhar 500 toneladas de cana e fabricar 3.000 litros de álcool.

 

A exploração das terras era feita por arrendamento e administração direta da fábrica.

 

Com a morte de Estácio Coimbra, em 1937, a usina passou, por herança, para João Coimbra, Jaime Coimbra e outros irmãos que a administraram até ser adquirida pelo Grupo Carlos de Brito, da fábrica de doce Peixe, de Pesqueira.

 

Na década de 1950, a usina atingiu a produção anual de 650 mil sacos de açúcar de 60 quilos.

 

Por estar situada numa região sujeita a grandes intensidades de chuva, o que diminui o teor de sacarose, há uma preocupação da usina em cultivar variedades de cana com alto rendimento industrial.

 

De propriedade do Grupo Othon Bezerra de Melo, a Usina Central Barreiros faliu em 1999, quando inha cerca de 5.000 trabalhadores, 20 hectares de terra e era a principal fonte de emprego e renda da região.

 

 

Recife, 7 de agosto de 2003.

 

Fontes consultadas

ANDRADE, Manuel Correia de. História das usinas de açúcar de Pernambuco. Recife: FJN. Ed. Massangana, 1989. 114 p. (República, v.1)

GONÇALVES & SILVA. O assucar e o algodão em Pernambuco. Recife: [s.n.], 1929. 90 p.

MOURA, Severino. Senhores de engenho e usineiros, a nobreza de Pernambuco. Recife: Fiam, CEHM, Sindaçúcar, 1998. 320 p. (Tempo municipal, 17).

 

Como citar este texto

GASPAR, Lúcia. Usina Central Barreiros. In: Pesquisa Escolar. Recife: Fundação Joaquim Nabuco, 2003. Disponível em: https://pesquisaescolar.fundaj.gov.br/pt-br/artigo/usina-central-barreiros/. Acesso em: dia mês ano. (Ex.: 6 ago. 2009.)