Havia no Recife da metade do século XX, sobre as águas do rio Capibaribe, um restaurante flutuante. Construído sobre um lastro de madeira, assentado em tambores metálicos de duzentos litros, o restaurante era na verdade uma balsa onde existia um salão de madeira, rodeado de janelas e com uma passarela, também flutuante, que dava acesso à avenida Martins de Barros.
No piso superior do restaurante, tinha um terraço que servia como mirante aos freqüentadores, que além de serem servidos ao ar livre, podiam contemplar o “... Recife prateado nos céus e nas águas do rio...” Existia ainda um espaço para os clientes dançarem ao som de uma orquestra ou do piano tocado por Baltazar.
O restaurante com suas cores em vermelho e branco e decorado com propaganda de bebidas, foi por algum tempo uma atração a mais e um ponto de encontro e lazer nas noites recifenses.
Com o passar do tempo o restaurante foi perdendo sua habitual clientela, o que resultou no encerramento de suas atividades. Com isso os nativos e os visitantes ficaram privados dessa opção de lazer tão característica de uma cidade cortada por rios e pontes.
Hoje em dia, há projetos para a retomada de revitalização do Rio Capibaribe o que possibilitará a abertura de novos empreendimentos, a exemplo do que havia anteriormente.
Recife, 29 de junho de 2004.
Fontes consultadas
ARLEGO, Edvaldo. Recife de ontem e de hoje. [ S. l. : s. n.] [19...? ]. p. 8.
Como citar este texto
ANDRADE, Maria do Carmo Gomes de. Restaurante “O Flutuante” (Recife, PE). In: Pesquisa Escolar. Recife: Fundação Joaquim Nabuco, 2004. Disponível em: https://pesquisaescolar.fundaj.gov.br/pt-br/artigo/restaurante-o-flutuante-recife/. Acesso em: dia mês ano. (Ex.: 6 ago. 2009.)