Médico, professor universitário e político, Orlando de Souza Parahym nasceu no dia 23 de novembro de 1911, na Rua do Riachuelo, n.21, no Recife, filho único de Manoel e Maria da Encarnação Parahym.
Foi aluno do Ginásio Pernambucano e graduou-se, em 1935, pela Faculdade de Medicina do Recife, atual Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pernambuco-UFPE.
Recém-formado, mudou-se para Salgueiro, no sertão de Pernambuco, onde além de exercer atividades na área de saúde, atuou como professor nas principais escolas do município.
Em dezembro de 1937, casou-se com Odete Soares, moça de uma das mais tradicionais famílias sertanejas, com a qual teve cinco filhos, Paulo Orlando, Maria de Fátima, Maria Luiza, que morreu no primeiro ano de vida, Maria da Encarnação e Carmem Sílvia.
Em abril de 1937, foi nomeado técnico de saúde para o Serviço Público Estadual, em Salgueiro, onde também chefiou o Posto de Higiene e foi Inspetor Sanitário.
Além de médico, professor e sanitarista foi um grande incentivador das atividades culturais e manifestações folclóricas de Salgueiro.
Em 1951, a convite do então governador de Pernambuco Agamenon Magalhães, mudou-se com a família para o Recife, onde assumiu o cargo de Secretário de Saúde do Estado, exercendo-o até 1952.
Com a morte inesperada do governador, Orlando Parahym deixou a Secretaria e passou a exercer a presidência do IPSEP – Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Pernambuco (1953/1954).
Foi diretor de vários órgãos públicos do Estado, deputado estadual eleito por dois mandatos consecutivos (1955/1962) e professor concursado na cadeira de Medicina Preventiva, na Faculdade de Medicina da UFPE e na de Ciências Médicas, da Universidade de Pernambuco – UPE.
Colaborou regularmente com artigos para os jornais Correio da Manhã e Diario de Pernambuco.
Participou de diversas instituições médicas, literárias e históricas. Em 21 de janeiro de 1967, ingressou na Academia Pernambucana de Letras, ocupando a cadeira 14, na vaga do acadêmico João Vasconcelos.
Dedicou-se, durante mais de vinte anos, ao estudo e à pesquisa sobre a nutrição do sertanejo, publicando cerca de vinte e cinco a trinta trabalhos em revistas especializadas e livros sobre o tema, entre os quais: O problema alimentar do sertão (1940); A vitamina C e a alimentação sertaneja (1942); Adaptação visual entre os sertanejos nordestinos (1944); ABC da alimentação (1945); A alimentação do operário sertanejo durante a seca (1945); Aspectos clínicos da avitaminose no sertão pernambucano (1952); Escola, alimentação e saúde (1969); Antropologia e alimentação (1970); Vitamina A: vitamina da vista (1986).
É autor também de diversas publicações em outras áreas como a da medicina preventiva e social (Estudo demográfico sanitário da criança na cidade de Salgueiro, 1943); Endemias brasilieras, 1961; Iniciação à medicina preventiva,1972; educação (Universidade e valorização regional, 1962); Homens e livros,1967; história e biografia (História do abastecimento d`água do Recife, 1953); Figuras e fatos da Independência, 1972; Caxias patrono do Exército e Santos Dumont, 1973; José Mariano,1976; Traços do Recife: ontem e hoje, 1978.
Orlando Parahym faleceu no Recife, no dia 17 de junho de 1999.
Recife, 11 de julho de 2003.
Fontes consultadas
CARRERO, Raimundo. Orlando parahym: o arco e o escudo. Recife: Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco, 2001. 182 p. (Perfil parlamentar século XX, v. 16).
ORLANDO Parahym. [Foto neste texto]. Disponível em: http://www.fernandomachado.blog.br/novo/?paged=5&tag=conde. Acesso em: 14 nov. 2016.
PAIVA, Rivaldo. O mestre orlando Parahym. Suplemento Cultural do Diário Oficinal de Pernambuco, Recife, ano 15, p.12, set. 2001.
TÁVORA, José Geraldo. Presença médica na Academia Pernambucana de Letras. Recife: EdUFPE, 1996. p. 291-329.
Como citar este texto
GASPAR, Lúcia. Orlando Parahym. In: PESQUISA Escolar. Recife: Fundação Joaquim Nabuco, 2003. Disponível em: https://pesquisaescolar.fundaj.gov.br/pt-br/artigo/orlando-parahym/. Acesso em: dia mês ano. (Ex.: 6 ago. 2020.)