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Luiz Marinho

Data Nasc.:
08/05/1926
Data de falecimento.:
03/02/2002
Ocupação:
Dramaturgo

Luiz Marinho

Artigo disponível em: ENG ESP

Última atualização: 28/06/2022

Por: Lúcia Gaspar - Bibliotecária da Fundação Joaquim Nabuco - Especialista em Documentação Científica

Luiz Marinho Falcão Filho nasceu em Timbaúba, Pernambuco, no dia 8 de maio de 1926, filho de Luiz Marinho Falcão e Rosa Bezerril Falcão.

Aprendeu a ler e fez o curso primário em Timbaúba, na Escola de Donana, no Externato Timbaubense, do professor José Mendes da Silva e no Colégio Rui Barbosa.

Os 18 anos de idade, em 1944, mudou-se para o Recife, onde fez o curso preparatório no Colégio Pedro Augusto e o ginasial no Carneiro Leão.

Em 1945, foi contratado como funcionário da Caixa Econômica Federal, indo morar numa pensão na Rua da Aurora. Organiza com alguns amigos um grupo musical e passa a levar uma vida de boemia., decidindo também que iria escrever peças teatrais.

Após ser reprovado no vestibular para Medicina, ingressou no Curso de Arte Dramática, na Escola de Belas Artes, da Universidade do Recife, atual Universidade Federal de Pernambuco – UFPE, em 1960. Por incompatibilidade de horário com o seu emprego na Caixa Econômica, no entanto, teve que desistir do curso, em 1962.

Ainda em 1960, entregou para Valdemar de Oliveira a peça de teatro Um sábado em 30, que se tornaria a mais famosa das suas obras e que tem como cenário a cidade de Timbaúba, em outubro de 1930, ano em que Getúlio Vargas chegou ao poder.

No dia 8 de julho de 1963, a peça foi encenada pela primeira vez pelo grupo do Teatro de Amadores de Pernambuco – TAP, no Teatro Santa Isabel e daí em diante foi encenada várias vezes com sucesso de público e crítica, no Recife e em outras cidades brasileiras como São Paulo, Rio de Janeiro, Santos e Belo Horizonte, tendo recebido diversos prêmios.

Eleito para a Academia Pernambucana de Letras, toma posse no dia 28 de novembro de 1980, assumindo a cadeira de Joaquim Cardozo.

Além de Um sábado em 30, Marinho escreveu as seguintes peças para teatro: A derradeira ceia; Uma história do mato, depois rebatizada de A afilhada de Nossa Senhora da Conceição; A incelença; Da lapinha ao pastoril, posteriormente reescrita e denominada Viva o cordão encarnado; A valsa do diabo; O último trem para os igarapés; A promessa; Corpo corpóreo; As três graças.

É autor também de três peças infantis: A aventura do capitão Flúor, A família Ratoplan e Foi um dia.

Luiz Marinho teve quatro filhos, Francisco França Marinho (1962); Carolina França Marinho Falcão (1964); Joaquim França Marinho Falcão (1968) e Catarina França Marinho Falcão (1971).

Suas peças Viva o cordão encarnado e A incelença também receberam diversos prêmios, em Pernambuco e no Brasil.

Morreu no dia 3 de fevereiro de 2002, no Hospital Santa Joana, no Recife, devido a um câncer de bexiga

Seu corpo foi velado na Academia Pernambucana de Letras e enterrado no mesmo dia, no Cemitério de Santo Amaro.

Através de suas peças, Luiz Marinho levou para o teatro o rico folclore do Nordeste brasileiro.

 

 

 

Recife,  16 de novembro de 2004.
 

Fontes consultadas

VIEIRA, Anco Márcio Tenório. Luiz Marinho: o sábado que não entardece. Recife: Fundação de Cultura Cidade do Recife, 2004. (Coleção Malungo, v.10).

Como citar este texto

GASPAR, Lúcia. Luiz Marinho. In: PESQUISA Escolar. Recife: Fundação Joaquim Nabuco, 2004. Disponível em: https://pesquisaescolar.fundaj.gov.br/pt-br/artigo/luiz-marinho/. Acesso em: dia mês ano. (Ex.: 6 ago. 2020.)