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Derby (Bairro, Recife)

O bairro teve origem no ano de 1888. Era conhecido como Estância, numa referência á estância de Henrique Dias (século XVII).

Derby (Bairro, Recife)

Artigo disponível em: ENG

Última atualização: 21/10/2021

Por: Lúcia Gaspar - Bibliotecária da Fundação Joaquim Nabuco - Especialista em Documentação Científica

O bairro teve origem no ano de 1888. Era conhecido como Estância, numa referência á estância de Henrique Dias (século XVII).

Foi construída no local uma pista de corridas de cavalo, com uma arquibancada, pela Sociedade Hípica Derby Club, que deixou seu nome como herança a um dos bairros mais aristocráticos do Recife, entre as décadas de 20 e 60 do século XX.

Os recifenses apreciavam muito o hipismo e faziam desse prado um lugar de descanso e diversão, de encontros amorosos, de negócios e até mesmo de política.

Nessa época, o Recife possuía três prados: o do Hipódromo, o da Madalena e o do Derby. Quando a mania passou e o prado do Derby ficou abandonado, o coronel Delmiro Gouveia adquiriu-o e, firmando um acordo com a Prefeitura, transformou-o no Mercado Modelo Coelho Cintra.

Em 1900, o Mercado foi destruído por um incêndio, causado por uma ação da polícia, devido à perseguições políticas a Delmiro Gouveia. Após uma reforma, em 1924, o edifício imponente e eclético, em estilo renascentista, abriga até hoje o Quartel da Polícia Militar de Pernambuco.

Durante o governo de Sérgio Loreto, em 1924, foram realizados diversos aterros na Campina do Derby e a drenagem do canal onde hoje se situa a Avenida Agamenon Magalhães.

A Praça do Derby, projetada por Roberto Burle Marx, foi construída entre 1924 e 1926. Durante muito tempo, num dos seus tanques vivia um peixe-boi que fazia a alegria da criançada. À sua volta foram construídos diversos casarões, onde morava a aristocracia recifense. Hoje, em alguns desses casarões, funcionam diversas clínicas e consultórios médicos.

Outro prédio que compõe a paisagem do bairro e o torna mais conhecido é o do Hospital da Restauração, que pertence ao Governo de Pernambuco e atende a maioria dos casos de emergência da cidade e de outros municípios do Estado.

 

 

 

Recife, 22 de julho de 2003.
 

 

 

Fontes consultadas

BARRETO, Ângela Maria Maranhão. O Recife através dos tempos: formação da sua paisagem. Recife: Fundarpe, 1994.

DERBY. Jornal do Commercio, Recife, 13 fev. 2000. Caderno Cidades, p. 7.

MOREIRA, Fernando Diniz. A construção de uma cidade moderna: Recife (1909-1925). 1994. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento Urbano) - Centro de Artes e Comunicação, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 1994.

SETTE, Mário. Maxambombas e maracatus. Recife: Fundação de Cultura Cidade do Recife, 1981. p. 217.

Como citar este texto

GASPAR, Lúcia. Derby (Bairro, Recife). In: Pesquisa Escolar. Recife: Fundação Joaquim Nabuco, 2003. Disponível em: https://pesquisaescolar.fundaj.gov.br/pt-br/artigo/derby-bairro-recife/. Acesso em: dia mês ano. (Ex.: 6 ago. 2020.)